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A poesia das Equações

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Resolução de equações

Uma equação é fogo para se resolver
é igualdade difícil e de grande porte
é necessário saber todas as regras
e ter até uma boa dose de sorte.

A primeira coisa a ter em conta
quando se olha uma equação
é ver se tem parênteses,
é que umas têm outras não.

Se tiver, é por ai que tudo deve começar.
Sinal “+” antes: fica tudo igual.
Mas tudo o que vem a seguir se deve trocar
se antes do parênteses o “-” for o sinal.

A seguir…alerta com os denominadores!
Todos têm que ter o mesmo para se poder avançar.
Os sinais negativos antes de fracções
são degraus onde podem tropeçar.

É preciso não esquecer nenhum sinal
e estar atento ao coeficiente maroto
e se um termo não interessa de um lado
muda-se o sinal e passa-se para o outro.

Quando a incógnita estiver sozinha
podemos então dar a tarefa por finda. E então,
sem nunca esquecer o que foi feito
escreve-se o conjunto solução.

Autor Desconhecido

Poesia Matemática II :-)

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O Metro

Nos tempos de antigamente
como faria a gente
para medir comprimentos?
Não havia réguas, fitas,
mas outras coisas catitas
em vez desses instrumentos.

 

Palmo a palmo se media
pois sempre à mão se trazia
a unidade exigida;
Mas a braça e a polegada
e mesmo o dia de jornada
tinham usança repetida.

E descalçando o chinelo
até o era belo
para fazer medições.
Milhas, jardas, coisas estranhas,
pequeninas ou tamanhas
eram mil as invenções.

Também se media em varas
e unidades mais raras
com o tiro de arco e seta
eram usadas por aí fora
mas não como é agora —
a história era um tanto preta.

Se a mesma coisa mediam
as gentes não se entendiam
e as razões são evidentes:
Como não eram iguais,
as unidades naturais
davam medidas diferentes.

P’ra acabar com a confusão
fez-se uma grande união
à volta de uma unidade
que serviu p’ra toda a gente,
vinda do frio e do quente,
pois é una a Humanidade.

Foi há uns duzentos anos
que uns sábios bem bacanos
tudo visto e discutido,
inventaram um comprimento
que não mais teria aumento:
O METRO tinha nascido.

António Crespo Moreira

Poesia e Matemática :-)

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Num dos meus passeios matemáticos pela Internet, encontrei este poema muito interessante 🙂

 

Para quê estudar Geometria?

 

Vê lá que atrapalhação

disparate e confusão

este mundo não seria

se um dia, de repente,

por loucura, toda a gente

esquecesse a Geometria!

Queria a gente uma jaqueta

não importa azul ou preta

mas nem curta nem comprida.

Sem a Geometria, apostas?

vinha com mangas nas costas,

nunca ficava à medida.

O carpinteiro João

não podia pôr no chão

uma mesa que servisse;

E a janela, coitada,

jamais era consertada

se um vidro se partisse.

O operário, na construção

do telhado ao rés-do-chão,

que fazer já não sabia!

A porta nunca fechava,

a parede desabava,

a escada não existia.

Andaria tudo torto

e até mesmo no desporto

haveria muito azar.

No futebol, que cachola,

não se conhecia a bola,

que se havia de chutar!

Ninguém tinha ido à Lua

e mesmo na tua rua

quem se iria entender?

tudo a monte, aos encontrões

as pessoa aos baldões,

não poderiam viver.

É que p’ra haver harmonia

é preciso a Geometria

usá-la a todo o momento.

Para a podermos estudar

iremos utilizar

olhos, mãos e pensamento.

Geometria é uma ciência

quer amor e paciência,

passa de avós para netos.

Suas principais funções:

estudar forma e dimensões

de todos os objectos.

Mas no Mundo há formas tantas,

nos cristais e nas plantas,

nas pessoas, nos tostões!

E nenhuma é perfeita

pois se a gente à lupa espreita

vê que há sempre imperfeições.

Formas simples e perfeitas

que em Geometria aproveitas

só na ideia são vividas.

Não são as coisas reais

mas figuras ideais

com que as coisas são parecidas.

 

António Crespo Moreira